sábado, 25 de dezembro de 2010

nº 88 - O Avental


Na Maçonaria o Avental é o símbolo do trabalho. Todos nós sabemos que sem estar vestindo o avental é proibido entrar em Loja Simbólica.

Na Maçonaria Operativa o Avental era de couro, sendo usado naquela época, pelos canteiros e talhadores de pedra das corporações de oficio medievais para proteção do corpo contra estilhaços de pedra. Cobria o peito, abdome e parte dos membros inferiores.

O Avental Maçônico entrou para a Maçonaria Especulativa como um legado da Maçonaria Operativa. Apesar de que, por ser a Maçonaria uma Instituição Iniciática, os simbolistas, principalmente os franceses, ligaram o Avental às sociedades iniciáticas do passado, nas quais o avental também era tido como um símbolo. Ligado a isso, o Avental tornou-se, ao mesmo tempo, o símbolo do trabalho constante e da pureza de suas intenções.

É um dos símbolos mais importantes da Maçonaria e é a primeira insígnia que o Aprendiz recebe quando é Iniciado. Ele é totalmente branco e essa cor alude à pureza, à candura e a inocência que deve possuir aquele a quem orna.

Como sempre afirmamos, a imaginação dos Maçons é extremamente fértil e o que criaram, ou melhor, inventaram sobre as interpretações do Avental, daria (e deu) para escrever diversos livros.

Para finalizar, conciliando os pensamentos de diversos escritores autênticos, como Theobaldo Varolli Filho, Nicola Aslan e José Castellani, sobre isso, temos:

“são ridículas e desprezíveis as interpretações em torno dos Aventais, feitas por Maçons apegados a fantasias e invencionices.
Diversas bobagens se infiltraram lamentavelmente na Maçonaria, mas devem ser de todo repelidas pelos Maçons autênticos. Manifestações sectárias são desrespeitosas à consciência de Irmãos de outras crenças.”

domingo, 12 de dezembro de 2010

nº 87 - A Importância do Maçom Aceito


Como já visto em artigo anterior (vide Pílula Maçônica nº 66), o termo “Aceito” aparece muitas vezes nos documentos atuais da Maçonaria Simbólica e, obviamente, é de total interesse dos Maçons.

Lá é mencionado, também, entre outras coisas, que os membros da “Companhia de Maçons de Londres” e da antiga “Companhia da Cidade” foram “aceitos na Ordem” e considerados e mantidos como Maçons nas Lojas. Após essa “Aceitação”, homens se tornavam Maçons, conforme anotações na seção de procedimentos das citadas companhias. O primeiro deles, parece ter sido John Boswell (Lord Auchinleck), em Edimburgo, Escócia. Robert Murray (1641) e Elias Ashmole, por exemplo, também foram “Aceitos”.

O Maçom Aceito do século XVII na Inglaterra, era essencialmente diferente de um membro operativo, e talvez até, mais importante. Nessas companhias de Maçons deveria ter, nessa época, maçons operativos, juntamente com os “aceitos”, que eram homens que nunca haviam tocado numa ferramenta de trabalho em toda sua vida. Eram aristocratas, cavalheiros, que foram admitidos devido seu patrimônio ou pela gentileza dos demais sócios. Mas, o Maçom Aceito era, originalmente, tanto em caráter, como para todos os propósitos práticos, um Maçom como qualquer outro.

Mestre Raimundo Rodrigues relata em “Cartilha do Mestre” – Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda:

“os rosacrucianos, ao lado de nobres, religiosos, hermetistas, intelectuais, alquimistas, ingressando nas lojas da Escócia e Inglaterra, proporcionaram mudanças tais que fizeram com que a nova Maçonaria adquirisse normas e formas completamente diferentes de tudo aquilo que formava a Maçonaria Operativa, até pelos idos do século XVI.....aliás, a maçonaria adotou normas, princípios filosóficos não só dos rosacrucianos, mas de uma série de organizações, algumas mais antigas, como Steinmetzen, dos alemães, Guildas, Compagnonage, Templários, Essênios, etc. Sabe-se com absoluta certeza que a Ordem Maçônica formou todo seu arcabouço doutrinário por meio da adoção de todos aqueles sadios princípios abraçados por Instituições sérias, de grande conteúdo moral e ético.”

Existem documentos e relatos que comprovam que, após a “Reforma Religiosa”, houve uma escassez de obras, provocando a decadência dos Operativos.

Com a entrada dos “Aceitos”, em crescente número de príncipes, lordes e homens de cultura, houve uma forte modificação nos hábitos e na maneira de agir dos Operativos.

Surgindo, em seguida, a Maçonaria Especulativa.