domingo, 30 de janeiro de 2011

nº 90 - Circulação em Loja


Referente à circulação em Loja, no R.E.A.A., praticada pelo Hospitaleiro (Tronco de Beneficência) e pelo Mestre de Cerimônias (Saco de Propostas e Informações) vamos esclarecer alguma coisa, com o texto que segue abaixo, baseado nos diversos artigos do Mestre José Castellani:

Primeiramente deve ser dito e elucidado que as “Três Luzes da Loja”, como já dito, são o Venerável Mestre, o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante. Eles são também as “Dignidades” da Loja. O Orador e o Secretário são as outras “Dignidades” e os demais membros da Administração são os “Oficiais”.

Igualmente deve ser dito que o Cobridor (interno e externo) pela importância da função, pois segundo a antiga tradição, cuida da segurança da Loja, esse cargo normalmente era ocupado pelo Past Máster mais antigo, devido a experiência adquirida.

Assim, levando em consideração o escrito acima, a circulação formal começa no Venerável Mestre, seguindo em direção ao Primeiro Vigilante e ao Segundo Vigilante.

Volta ao Oriente, com o Orador, o Secretário e posteriormente, com o Cobridor. Em seguida, todos os Mestres com assento no Oriente. Continuando, os Mestres no Ocidente, com assento na Coluna do Sul seguido dos Mestres com assento na Coluna do Norte. Depois os Companheiros e finalmente os Aprendizes.

Caso o Grão Mestre, ou seu Adjunto, estarem presentes em Loja, após o Venerável, o segundo contato, na circulação, é com eles.

Como foi dito, essa é a circulação formal nesse Rito, e foi baseada na tradição.

Devido ao fato de, aparentemente, os três primeiros contatos formarem um triangulo com o ápice para cima e os outros três contatos formarem um triangulo com o ápice para baixo, formando, de modo um tanto quanto forçado, uma Estrela Hexagonal, as “corrente místicas” sugerem ser este o motivo dos seis primeiros movimentos da circulação em Loja.

sábado, 15 de janeiro de 2011

nº 89 - A Paciência no desbaste da Pedra Bruta


Esta Pílula é um “repeteco” do meu primeiro trabalho quando era Aprendiz, feito muitos anos atrás. É um trabalho curto e simples sobre a Paciência no desbaste da Pedra Bruta. Esta Pílula é dirigida, principalmente aos Aprendizes que estão se iniciando na realização espiritual e na condução ao aperfeiçoamento. Esse início é o despertar da consciência adormecida, da mente, das emoções e aprimoramento dos atos. É o amanhecer da consciência interior, que esteve até agora, adormecida ou inativa.

Devemos nos descobrir e caminhar na direção da Luz sem preconceitos, ilusões, vaidades e com a mente clara e imparcial e, sobretudo, paciente pois há em cada ser humano uma ilimitada possibilidade de bem, de força e capacidade de desenvolver e manifestar as mais elevadas qualidades humanas.

A Paciência, é o elemento fundamental para nossa jornada na busca da evolução. Esta evolução é uma meta que somente será atingida com perseverança, constância, sinceridade de propósitos e, muita, muita paciência.

Devemos, pois, Irmãos Aprendizes, desbastar a Pedra Bruta, que é a atual situação das nossas almas profanas para sermos instruídos nos mistérios da Ordem da Arte Real. Ela deve ser trabalhada com cuidado, com carinho e habilidade com o malho e o cinzel, para que chegue apresentar a forma de um paralelogramo. E este trabalho exige a virtude da paciência que por sua vez, está subordinada à fortaleza da alma, a retidão do caráter e ao controle dos vícios.

Esta paciência, consiste também, na capacidade constante de encarar as adversidades, tolerando seus amargores. É a resignação de um lado, e perseverança tranquila, do outro.

A paciência é, sem dúvida, uma forma de persistência. É uma qualidade que, de modo geral, não associamos à vontade, mas é parte de uma vontade plenamente desenvolvida em nossa mente e em nossa alma, refletindo seus raios pelo nosso corpo. A paciência, o tempo e a perseverança, com seus valores extremados, nos habilitam a realizar muitas coisas. Essa ideia, Irmãos, é semelhante aquela já dita por alguns filósofos, aos quais a visão hermética lhes possibilitava tais coisas: “O trabalho da Pedra Bruta é um trabalho de paciência, tendo em vista a duração do tempo, do labor e o capricho necessário para levá-la ao formato de um paralelogramo perfeito”.

Muitos abandonam este trabalho por cansaço e outros, desejando consegui-lo precipitadamente, nunca tiveram êxito.

Na verdade, como está explícito nas linhas acima, é um trabalho árduo e paciente e este é um dos objetivos mais importantes da nossa Ordem Maçônica, e, muito provavelmente, o principal. Os impacientes não conseguem realizar este trabalho. E, finalizando, fica no ar uma frase para pensarmos e refletirmos:

“A Paciência não é como uma flor que pode ser colhida. É como uma montanha, que passo a passo, deve ser escalada”.