Por definição, segundo o dicionário Aurélio, “Delta” é a quarta letra do alfabeto grego, correspondente ao nosso D, e que tem a forma de um triangulo isósceles (os três lados iguais). É também, por semelhança, a foz, caracterizada pela presença de ilhas de aluvião, geralmente de configuração triangular, assentadas à embocadura de um rio, e que forma canais até o mar.
Na Maçonaria, no Oriente de uma Loja, por cima do Trono do Venerável Mestre, brilha o Delta Sagrado, normalmente, com o “Olho Divino” no centro. É o símbolo do Poder Supremo e também do primeiro princípio – ONISCIÊNCIA - que é a suprema realidade, em seus três lados, ou qualidades primordiais que o definem. De ambos os lados do Delta, que representa a Verdadeira Luz, a Luz da Realidade Transcendente, aparecem o Sol e a Lua, os dois luminares visíveis e reflexos dessa luz invisível, que ilumina a Terra, e que, simbolicamente, representam as luzes: intelectual e a moral (Nicola Aslan).
O Delta é um dos mais importantes símbolos maçônicos. No Templo Maçônico, como dito acima, ele fica atrás do trono do Venerável Mestre e deverá ficar numa altura tal que sua visão não seja obstruída pelo Venerável quando este estiver de pé.
Ele é tão importante que quando um maçom cruza a Linha do Equador num Templo Maçônico, ele faz uma leve saudação ao Delta (muitos pensam, erradamente, que a saudação é feita ao Venerável Mestre – ver Pílula Maçônica nº 121).
Muitas vezes é colocado, em menor tamanho, na parte frontal externa do Dossel.
Nos Ritos teistas (Adoniramita, Escocês, etc) o Delta representa a presença da Divindade e, normalmente, no seu interior são colocados símbolos representativos, tais como a letra hebraica “iod”, ou mesmo, o tetragrama.
Nos Ritos agnósticos, o Delta representa a sabedoria, o conhecimento. No seu interior, normalmente é colocado o “Olho que Tudo Vê” (vide Pílula Maçônica nº 95).
Por todos os motivos mencionados, é que, a visão do Delta não pode ser obstruída por nada e por ninguém.
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017