terça-feira, 13 de outubro de 2009

nº 51 - Os Três Pontos


A data de 1717 é tida como a divisória entre a Maçonaria Operativa e a Maçonaria Especulativa. Houve, nesta última, a partir dessa data, um incremento na Ritualística com novos eventos na Iniciação e nos demais acontecimentos.

Essa Ritualística tinha sua “fala” decorada e era proibido fazer cópias manuscritas. Com o passar dos anos, houve uma perda do controle e começaram a aparecer cópias no ambiente maçônico do mundo todo.

Para dificultar o entendimento, caso essas cópias caíssem em mãos de profanos, as palavras foram abreviadas. Essa supressão de fonema ou de sílaba no final da palavra denomina-se “APOCOPE”.

Esse sistema era, e é ainda, usado também em documentos transferidos entre Potências Maçônicas. Na Inglaterra, EUA, Nova Zelândia e Austrália essa abreviação é feita por um ponto, somente. Na França, e paises da América Latina, que é o caso do Brasil, a abreviação é tripontuada.

Nos países onde houve influencia da Maçonaria Francesa, é comum colocar os três pontos no final da assinatura, ou entremeados na mesma. Não se sabe bem o motivo de tal comportamento. Provavelmente, uma maneira, não oficial, de reconhecimento entre Maçons.

O conjunto de três pontos não é um Símbolo e nem representa nada na Maçonaria, e é usado somente em alguns países. Mesmo assim, não faltaram Maçons de mente fértil que inventaram representações para eles como o Delta Sagrado, as Três Luzes da Loja, etc, etc. Mackey em sua Enciclopédia deixa isso bem claro: “não é um Símbolo; simplesmente uma abreviatura. Qualquer coisa fora desse sentido é futilidade”.

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