quarta-feira, 19 de maio de 2010

nº 71 - Fênix e Ouroboros


O elemento mitológico “Fênix” e o símbolo esotérico “Ouroboros”

O “mito”, em geral, é uma narração que descreve e retrata em linguagem simbólica a origem dos elementos e postulados básicos de uma cultura. É um fenômeno cultural complexo e que pode ser encarado de vários pontos de vista. Como os mitos se referem a um tempo e lugar extraordinários, bem como a deuses e processos sobrenaturais, têm sido considerados com aspectos de religião.

A Maçonaria, entre outros, refere-se com freqüência, a um mito e a um símbolo, que descreveremos a seguir:

Fênix” – ave lendária na região da Arábia, era consumida pelo fogo a cada período de tempo, e a mesma Fênix, nova e jovem, surgia de suas próprias cinzas. Deste modo, quando sentia próximo o seu fim, ela juntava em seu ninho, madeira bem seca e palha, que exposto aos raios solares se incendiava e, juntamente com a ave, ardia em chamas. Confiante e a espera da própria ressurreição, pois o fogo que a consumia não lograva matá-la, surgia do resíduo da combustão de seus ossos, uma larva, cujo crescimento ocasionava o aparecimento, novamente, da própria Fênix. Assim, a Fênix é o símbolo da imortalidade de nossa alma e da materialidade de nossos corpos. Fixa a idéia de que o “corpo” se reduz a cinzas, enquanto que a “alma” é eterna.

Há quem vê nesse mito, o caráter cíclico dos acontecimentos, mas existe um símbolo esotérico, mais apropriado para essa interpretação, que é o que descrevo a seguir:

Esoterismo”, vocábulo arcaico grego, referia-se aos ensinamentos reservados, normalmente obras de grandes filósofos, sobre a origem do mundo, nossa origem e nosso fim, transformando-se em verdadeiros tratados, dados a pessoas preparadas, ou em preparação, com condições de absorve-los, conhecidos como “adeptos” ou “iniciados”. É o oposto de “Exoterismo”, que referia-se ao conhecimento comum, transmitido ao público, em geral.

Ouroboros” – importantíssimo símbolo esotérico, de origem muito antiga, representada pela serpente que morde a própria cauda, nos dá a entender o caráter cíclico de todas as coisas. Significando que, como afirmava Ir.'. Castellani, “todo começo contém em si o fim e todo fim contém em si o começo”. É o símbolo do tempo e a continuidade da vida.

Os “ciclos” se completam, e conforme os ocultistas, os retornos promovem a renovação perpétua. Deste modo, como nos dizia o Ir.'. Varoli Filho “É possível que tudo o que existe já tenha existido”. O “Eclesiastes” já proclamou que não há nada de novo sob o sol. Escavações arqueológicas, descobertas de áreas semelhantes a campos de aviação, mapas antigos como os do almirante turco Piri Reis, revelando verdades surpreendentes, nos faz crer, que um ciclo semelhante ao nosso tempo atual, nos precedeu. O Universo está em expansão. Tudo nos leva a crer (não existe confirmação, só hipótese) que após ela, o Universo irá se contrair. E depois? Provavelmente, novo “Big Bang” e nova expansão!

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