quinta-feira, 22 de setembro de 2011

nº 114 - Neófito e Aprendiz


Apesar de que para muitos maçons, “Neófito” e “Aprendiz” significarem a mesma coisa, vamos esclarecer que são coisas diferentes, mas interligadas.

Na Maçonaria, a seqüência do profano para se tornar Maçom é: Candidato, Neófito e Aprendiz Maçom. Posteriormente, Companheiro Maçom e Mestre Maçom (Maçonaria Simbólica).

“Neófito” é o nome que o candidato recebe durante o cerimonial da Iniciação. Após as provas e juramentos a que é submetido, após as instruções que lhe são passadas e, após o discurso final do Orador, o Neófito é declarado Aprendiz Maçônico e será conduzido e convidado a sentar-se no topo da Coluna do Norte.

Segundo Albert Galatin Mackey, “neófito”, em grego significa plantado recentemente. Na primitiva Igreja Católica, designava alguém que tinha recentemente abandonado o judaísmo ou o paganismo e abraçado o cristianismo; e na igreja romana aqueles recentemente admitidos na comunhão também eram assim chamados. Por esta razão, este termo foi também aplicado aos jovens discípulos de qualquer arte ou ciência.

Na Maçonaria, portanto, o candidato sem as instruções finais, durante a Iniciação, é assim designado. 

“Aprendiz”, na Maçonaria Simbólica, é o primeiro grau, de uma série de três, como mencionado acima. É o mesmo para todos os Ritos (no Brasil o GOB reconhece seis Ritos) sendo que esse grau é oriundo da Maçonaria Operativa da qual a Maçonaria Especulativa é herdeira. 

Nesse grau de aprendiz a Maçonaria começa a demonstrar ao iniciado o sentimento de aperfeiçoamento e incentivando o estudo da Verdade. 

M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

nº 113 - Venda nos olhos


Em diversos processos esotéricos iniciáticos, que são cerimônias nas quais se iniciam pessoas nos mistérios de uma religião, doutrina, instituição, ordem, etc, é colocada uma venda nos olhos do Neófito.

É o que ocorre na Iniciação Maçônica.

Segundo Mestre Nicola Aslan, a venda colocada nos olhos é o símbolo da escuridão, da ignorância e das trevas que envolvem aqueles que ainda não receberam a luz da ciência e da verdade.

Desse modo, seus passos poderão ser dirigidos em caminhos inadequados, tropeçando nos erros, nos vícios e ignorância da vida profana.

Em determinado momento da Cerimônia de Iniciação, a venda é retirada para que o Neófito, simbolicamente, receba a “Luz”.

E, adaptando para esta Pílula Maçônica, o que escreveu Mestre Jules Boucher, em seus livros:

“Com a venda, sem o sentido da visão, outros sentidos se desenvolvem com maior acuidade, sobretudo o ouvido. A Maçonaria pretende significar desse modo que o profano, se não sabe ver, escuta demasiadas vezes os ruídos do mundo e as palavras dos outros. Na imprudência desse ato, suas concepções filosóficas de toda espécie que não resultam de uma livre escolha, podem fazê-lo um produto do meio social no qual se encontrou situado.”

 A palavra “LUZ”, na Maçonaria, tem o significado de Verdade, Conhecimento, Ciência, Saber, Instrução e prática de todas as virtudes (N. Aslan).

E, finalizando com as palavras do Mestre Albert G. Mackey, que na sua “Enciclopédia”, escreve:

“Luz é uma palavra importante do sistema maçônico, transmitindo um sentido mais longíquo e oculto do que geralmente pensa a maioria dos leitores. É, de fato, o primeiro de todos os Símbolos apresentados ao Neófito e que continua a ser-lhe apresentado na carreira maçônica. Os maçons são enfaticamente chamados de “filhos da Luz”, porque são, ou pelo menos são julgados possuidores do verdadeiro sentido do Símbolo; ao passo que os profanos, os não Iniciados, que não receberam esse conhecimento, são, por uma expressão equivalente, considerados como estando nas trevas.”
“Em geral, a Luz é considerada como fonte primordial do conhecimento e da excelência, e que a Escuridão é sinônimo da ignorância e do mal.”

M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017