domingo, 8 de agosto de 2010

nº 77 - Lembrando aos Maçons que...


Filosofismo, palavra cuja raiz vem de “filosofia” (estudo geral sobre a natureza de todas as coisas e suas relações entre si; os valores, o sentido, os fatos e princípios gerais da existência, bem como a conduta e destino do homem) é muitas vezes usada para designar os Altos Graus de alguns Ritos, principalmente o REAA. A aplicação está errada, pois filosofismo tem como significado: mania filosófica ou falsa filosofia.

Venerança, termo muitas vezes usado para designar o cargo do Venerável Mestre de uma Loja está errado, pois apesar de supormos ser um neologismo do linguajar maçônico, o correto é Veneralato, tendo similaridade com as palavras terminadas em “el”. Coronel – Coronelato. Venerável – Veneralato.

Escocismo, palavra usada para nos referirmos ao REAA. Esse uso está errado, pois o correto é pegarmos a palavra e acrescentarmos o sufixo “ismo” (formador de nomes seitas, doutrinas, vícios, etc). Assim : ingles - inglesismo. Portugues - portuguesismo. Escocês - Escocesismo.

Kadosch, palavra designando a Oficina Litúrgica que trabalha nos graus 19 a 30 do REAA, está com a grafia errada, pois o correto é Kadosh (sagrado, em hebraico). Igualmente para Conselho Kadosh (e não Conselho de Kadosh).

O Primeiro Conselho do REAA teve sua fundação em Charleston, no estado da Carolina do Sul, EUA, em 31 de maio de 1801, liderada por Frederic Dalcho, usando a divisa “Ordo ab Chao” (Ordem no Caos) tirando a Maçonaria da anarquia em que se encontrava, nos Altos Graus.. Há uma versão histórica de que esse Primeiro Conselho foi organizado por Frederico II, rei da Prússia, em 1786. Não há nada de verídico nisso, pois em 1786, Frederico já estava bastante doente, e velho para a época, vindo a falecer nesse mesmo ano. Além disso, por que motivo esse fato ficaria oculto na Europa até 1802, quando começou a aparecer nos EUA? A verdade é que a Europa nunca aceitou esse importante episódio maçônico ser fruto de um país “selvagem” como os EUA, na época, e criou mais uma “lenda”.

Elias Ashmole não redigiu os Rituais de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom em 1646, 1647 e 1649, respectivamente. Isso é balela do ultrapassado escritor maçônico Jean-Marie Ragon (1781-1862). A Grande Loja Unida da Inglaterra não menciona isso. O próprio Ashmole, em seu “Diário” assinala somente duas passagens maçônicas: uma em 1646 e outra em 1682. Portanto, 36 anos depois. O grau de Mestre, cujo Ritual se diz ter sido feito por Ashmole em 1649, só apareceu cerca de oitenta anos depois! Além disso, Ashmole foi Iniciado em 16 de outubro de 1646. Como poderia ter escrito o Ritual de Aprendiz, nesse mesmo ano?

(Esta Pilula foi baseada em diversos livros e Trabalhos do Mestre Castellani)

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