domingo, 31 de outubro de 2010

nº 84 - A Grande Loja dos “Antigos” na Inglaterra


Já foi esclarecido anteriormente que, além da Primeira Grande Loja de Londres, houve outras e a mais importante, a grande rival, foi a dos “Antigos” fundada por um irlandês, pintor de paredes, de sobrenome Dermott. Sabemos também que em 1813 elas se uniram, dando origem a Grande Loja Unida Inglaterra.

Na minha opinião, o nome deveria ser “Tradicionalistas” em vez de “Antigos” pois pretendiam, como veremos abaixo, manter, de maneira extremamente rígida, as antigas tradições maçônicas e apelidaram, de modo pejorativo, os membros da Primeira Grande Loja, de 1717, de avançados, modernos.

Os membros das Lojas dos Antigos, até recentemente eram chamados de “separatistas”, mas investigações tem mostrado que nenhum dos fundadores pertenceu a qualquer uma das Lojas aderentes a Primeira Grande Loja. Portanto, esse termo “separatistas” parece não ser aplicado, no caso.

Eles eram, na maioria, Irlandeses residentes em Londres. Isso nos permite pensar e concluir que tenha ocorrido um racismo, muito comum na época, por parte dos ingleses formadores da Primeira Grande Loja.

As causas da separação foram enraizadas principalmente na negligência e na débil administração da Primeira Grande Loja naquele tempo e, principalmente, em certas mudanças nos costumes e na Ritualística, as quais foram feitas deliberadamente com o propósito de excluir impostores e oportunistas na Ordem, devido publicação do livro “A Maçonaria Dissecada” de Samuel Prichard.

Vamos citar abaixo, algumas prováveis mudanças que provavelmente colaboraram na referida separação:
  • A descristianização da Francomaçonaria desde os primórdios, em 1723, quando foi feito o livro das “Constituições” pelo reverendo Anderson.
  • Desleixo referente aos dias de São João Batista e São João Evangelista, como festivais especiais Maçônicos.
  • A mudança dos modos de reconhecimento no Grau de Aprendiz e no Grau de Companheiro. Esta era, aparentemente, a principal causa ofensiva.
  • Abandono de partes esotéricas na Instalação de Mestres.
  • Negligências referente ao Catecismo, ligadas a cada Grau.
Felizmente, em 1813, após anos de preparação e acertos, as duas grandes Lojas se uniram e deram ao mundo maçônico a Grande Loja Unida da Inglaterra, Potência Mor das Obediências Maçônicas.

domingo, 17 de outubro de 2010

nº 83 - Reunião em Família


Brethren,

A título de esclarecimento, vamos comentar o que segue abaixo:
  1. Existe uma Loja Extraordinaria, conforme Regulamento Geral da Federação (RGF), denominada "Conselho de Família" que é constituida para conciliação de seus membros (Art. 108-113 e Art. 223).
  2. Existe um outro tipo de Loja denominada "Loja de Familia", que segundo o Mestre Nicola Aslan em seu "Grande Dicionário Enciclopédico Maçônico" é a denominação às Sessões destinadas exclusivamente aos assuntos administrativos e particulares de uma Oficina.
  3. Existe um outro evento maçônico, que é colocar uma Sessão Ordinaria "em família", muito comum no R.E.A.A. A sessão é interrompida para discussão de um assunto, ou para a apresentação de um Trabalho, ou para Instruções dos Graus.
Muitas vezes, na apresentação de um Trabalho com projeção de imagens, por exemplo, os Obreiros deixam suas posições iniciais, inclusive os Oficiais, e se sentam de frente para a tela.

Nas Instruções, pode-se formar um círculo, de tal modo que, todos os envolvidos na Instrução, estejam face a face.

Para realizar isso, o Venerável avisa, e ele tem autoridade para isso, que com o bater de seu malhete e dizendo que a "Loja está em familia", a Ritualistica não será mais seguida. Para interromper, bate com seu malhete e declara "em Loja meus Irmãos".

No Rito de York também existe algo parecido, quando a sessão é interrompida por alguns minutos para os Obreiros beberem algo e comerem alguns “salgadinhos”. Posteriormente, entram em sessão novamente e depois realizam o ágape.

domingo, 3 de outubro de 2010

nº 82 - Abraço Fraternal Maçônico


Segundo o grande Mestre Nicola Aslan, no “Dicionário Enciclopédico da Maçonaria, editora “A Trolha”, o Abraço Fraternal, ou Tríplice Abraço, dos Maçons consiste em passar o braço direito por cima do ombro esquerdo do Irmão e o braço esquerdo por baixo do braço direito do mesmo. Estando os dois nessa posição, batem brandamente com a mão direita as pancadas que constituem a bateria do Aprendiz. Feito isso, invertem a posição dos braços. Por fim, invertem-se novamente, voltando a primeira posição, repetindo-se sempre, a formalidade da bateria. Dá-se o abraço toda vez que um Oficial titular de um cargo retornar ao seu lugar, provisoriamente ocupado por um substituto.

Além do mencionado acima, o Abraço Fraternal Maçônico é dado também no Ritual da Iniciação.

O abraço dado sinceramente prova, melhor do que tudo, a verdadeira fraternidade maçônica.

Seguramente, e já fui questiomado sobre isso, o Abraço Fraternal Maçônico não tem nada a ver com os "cinco pontos da perfeição". Somente dois movimentos são semelhantes. Inclusive, no primeiro caso o abraço é dado ao Recipiendário pelo Venerável Mestre na Iniciação do mesmo. No segundo caso, estamos nos referindo ao Grau de Mestre. Portanto, se tivessem algum relacionamento, o Triplice Abraço só poderia ser dado aos Irmãos que tivessem chegado ao terceiro Grau Simbólico, o que não ocorre.