sábado, 21 de maio de 2011

nº 105 - Palavra final do Ir.'. Orador


No R.'.E.'.A.'.A.'. após a “palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular” ter percorrido as Colunas e o Oriente, a mesma é passada ao Irmão Orador para apresentar suas conclusões no encerramento das discussões e do decorrido da Loja, de modo geral, sob o ponto de vista legal, qualquer que tenha sido a matéria. Confirmando que a Loja transcorreu de modo justo e perfeito e, desse modo, estando tudo de acordo com os princípios e leis da Maçonaria, obediente aos Rituais, a Loja poderá ser fechada.

Infelizmente, é comum na ocasião descrita acima, no empenho de mostrar sua competência, o Orador divagar sobre o tema apresentado no Tempo de Estudos, ou tomar partido sobre o mesmo, ou, que é pior ainda, apresentar um outro Trabalho sobre o mesmo tema.

Na minha opinião, isso ele pode fazer, quando a palavra estiver no Oriente, e ele se comportar como um obreiro comum. Pedirá a palavra ao Venerável Mestre, do mesmo modo que fazem os demais, e exporá sua opinião, como obreiro da Loja.

Repetindo para ficar claro, ao Irmão Orador cabe, ao final da Loja, dar as suas conclusões legais, ou seja, do ponto de vista legal, mesmo porque ele é o digno representante do Ministério Público Maçônico.

domingo, 15 de maio de 2011

nº 104 - Misticismo


O conjunto de atos e disposições, tendo por finalidade a obtenção da comunhão com o Ser Supremo (na Maçonaria conhecido como G.'.A.'.D.'.U.'.) regulador e criador de tudo que no mundo existe, é denominado de MISTICISMO.

Na procura dessa união intima com a Divindade, Absoluta e Onipotente, é montado um sistema complexo especulativo de atos e padrões baseados principalmente nas religiões antigas e nas Ordens Iniciáticas de cunho religioso, que ocuparam espaço nas diversas civilizações antigas.

Desse modo está intimamente ligado com Metafísica, com a Religião (Teologia), com a Mitologia e até mesmo com a Astrologia.

A Maçonaria possui seu lado místico, praticado em seus ritos e rituais, apesar de não ser uma religião e nem uma Ordem Mística.

Não deve ser confundida com Esoterismo ou com Exoterismo (vide Pílula Maçônica nº 44) cujas definições estão abaixo:

- ESOTÉRICO:

1) diz-se do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era reservado aos discípulos completamente instruídos.
2) todo ensinamento ensinado a circulo restrito e fechado de ouvintes.
3) diz-se de ensinamento ligado ao ocultismo.
4) compreensível apenas por poucos; obscuro; hermético.

- EXOTÉRICO:

diz-se do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era transmitido ao publico sem restrição, dado o interesse generalizado que suscitava e a forma acessível em que podia ser exposto, por se tratar de ensinamento dialético, provável, verossímil.

terça-feira, 10 de maio de 2011

nº 103 - Sagração do Templo Maçônico


Deve ser lembrado que esse termo “Sagração” tem aproximadamente 100 anos de existência, aqui no Brasil. Antigamente, o termo usado era “Inauguração”, ocasião em que o Templo era reconhecido pelas autoridades maçônicas e usado pela primeira vez. Inclusive, autoridades da vida profana também eram convidadas para a festividade. No Brasil existe uma série de Lojas com mais de 100 anos, cujos Templos foram Inaugurados.

Hoje em dia nós “sagramos” o Templo. Entretanto, levando em consideração que a Maçonaria não é uma religião, essa sagração não é fazer com que o Templo se torne um local sagrado, santificado. É simplesmente um reconhecimento Maçônico, por todos os maçons presentes no ato de que, aquele local, tem a dignidade de um Templo Maçônico e será sempre usado para as atividades Maçônicas.

Só isso! Sem qualquer sentido de “santificação” do local, principalmente dentro do Templo. Pessoas não ligadas à Maçonaria, profanos, podem visitar as instalações de Templo Maçônico, sem problemas, desde que em ocasiões propícias.

Para finalizar, vejam o que foi escrito pelo Mestre Castellani, no Consultório Maçônico, Ed. TROLHA:

“A Sagração é uma Cerimônia cuja finalidade é, simplesmente, conferir ao local, a dignidade de Templo Maçônico, assim como a Sagração do Aprendiz, do Companheiro, ou do Mestre tem a finalidade de lhes conferir a dignidade do Grau, sem qualquer sentido de “santificação”. Muitos maçons, todavia, crêem que sagrar o Templo é torná-lo um local santificado, sagrado, misturando Maçonaria com religião, o que, embora esdrúxulo e absurdo, é mais comum do que se supõe.”

nº 102 - O Orgulho da Maçonaria


Brethren,

Sem dúvidas os Maçons têm orgulho de pertencerem a uma Instituição com o perfil da Maçonaria. Somos “bairristas” ao extremo, mas temos um enorme motivo para isso. Se não, vamos ver o que foi escrito por um escritor que não era Maçom, Jasper Ridley, em seu livro “Los Masones”, editado em 1999:

“Na Idade Média, a Maçonaria Operativa era distinta pois tinha seus obreiros que eram diferentes, para melhor, de todas as outras classes de trabalhadores. Nos povoados os artesões faziam coisas, que os comerciantes compravam e vendiam. Os tecelões faziam panos, Os ourives faziam anéis e jóias, e os carpinteiros construíam casas de madeira para os habitantes locais.
Mas os Maçons eram distintos! Trabalhavam a pedra, e eram muito poucos os edifícios feitos em pedra. Somente os castelos do Rei e daqueles Nobres a quem o rei havia dado permissão de construção. Igualmente para as Catedrais, Abadias e Paróquias. Então, os únicos empregadores dos maçons eram o Rei, alguns de seus Nobres e a Igreja, apesar de que algumas pontes também fossem construídas de pedra. A Ponte de Londres, a única sobre o Rio Tâmisa até no século XVII, foi feito a princípio de madeira, e em 1209 reconstruída em pedra, durando até 1832.
Os Maçons viajavam e conheciam o “mundo” adquirindo conhecimentos, que são um forte fator de distinção entre os membros de uma comunidade. Eram qualificados e existiam dois tipos de Maçons: os “rústicos”, que cortavam as pedras para formarem a base e outras partes das construções e os mais habilidosos que talhavam as elegantes fachadas dos castelos e das catedrais.
Viajavam muito, como já foi dito, mas não eram bandos de trabalhadores procurando serviço e, sim, requisitados com antecedência e disputadíssimos!

Como a Maçonaria Especulativa, que é a que praticamos hoje, teve como origem a Maçonaria Operativa com obreiros cuja função está descrita acima, temos que ter muito orgulho, mesmo!

nº 101 - A letra “G” dentro do Esquadro e Compasso


Não há nenhuma razão específica para que não use a letra “G” no emblema formado pelo Esquadro e o Compasso, sobrepostos, e com a letra “G” entre eles.

Não há, é claro, nenhuma regra vinculativa sobre este assunto pois é uma questão de usos e costumes, comum a diversos países.

Essa formação é comum na Inglaterra, Escócia, Europa e nas Américas. Aparece muito pouco na Nova Zelândia e Austrália. Na maçonaria brasileira é extremamente comum e quase todos os Maçons usam, ou já usaram, “button” na lapela com o emblema descrito acima.

Os seguintes pontos descritos abaixo, são somente considerações:

a) Na Iniciação, a atenção do candidato é atraída, propositalmente, para as Três Grandes Luzes emblemáticas da Maçonaria: o Esquadro, o Compasso e o Livro da Lei. Os dois primeiros são instrumentos reais da Maçonaria Operativa, bem como possuindo atributos também na Maçonaria Especulativa.

b) Somente no Segundo Grau, de Companheiro, é que a letra “G” é mencionada e a sua importância, significado e valores são discutidos. Na verdade, a letra “G” começou a ser mencionada somente em 1730 (vide Pílula Maçônica nº 27). É surpreendente que somente depois de 1850, aproximadamente, que a letra “G” começou aparecer no meio do Compasso e do Esquadro entrelaçados, como se vê hoje em dia em distintivos de lapela ou emblemas. E é suposto que tenha sido originado por projeto de algum criativo joalheiro e não por ação de alguma autoridade Maçônica.

Por conseguinte, não é um símbolo “base”, como o Esquadro e o Compasso. Não teve uma aplicação na Maçonaria Operativa, como tem na Maçonaria Especulativa.

c) Sem querer diminuir da letra “G” a sua importância, seu significado e o grande valor como um símbolo, mas temos que ser realistas ao afirmar que a sua inclusão, entre o Esquadro e o Compasso é uma associação com pouca ou nenhuma base concreta.